Durão Barroso condecorado com a Ordem do Rato-mor por ter sido o primeiro rato a abandonar o navio, quatro anos antes da crise começar.
Naquele que terá sido o momento de maior actividade do Presidente da República nas duas últimas décadas, cavaco Silva condecorou Durão Barroso menos de 3 dias depois deste ter abandonado o cargo de Presidente da Comissão Europeia. Contudo, e apesar das más línguas, esta condecoração não teve nada de banal. Durão Barroso recebeu a rara e honrosa Ordem do Rato-mor, condecoração criada por D. Nuno Álvares Pereira para celebrar os feitos de D. Flinto Ratão, primeiro cavaleiro a abandonar a Batalha de Aljubarrota, ainda antes desta ter começado.
Ao longo dos séculos foram poucos os portugueses que receberam esta altíssima distinção, contando-se entre eles o rei D. João VI que se escapou para o Brasil mal ouviu dizer que as tropas de Napoleão tinham atravessado os Pirinéus, e o agente da PIDE Claudísio Fortes que fugiu para a Argentina três semanas antes do 25 de Abril. Durão Barroso recebeu agora a Ordem do Rato-mor por ter sido literalmente o primeiro rato a abandonar o navio condenado que é Portugal, tendo-o feito quatro anos antes da crise internacional começar.
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