sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Acéfalos

Depois do insucesso da liderança bicéfala, o BE vai testar agora o modelo de liderança acéfala habitualmente usado por PS e PSD.

O Bloco de Esquerda (BE) é reconhecido como o partido dos temas fraturantes, como a defesa do casamento entre transexuais e ruminantes e a legalização do uso dos sapos alucinogénios para fins terapêuticos. Um dos seus melhores exemplos de inovação social foi a introdução da liderança bicéfala, conceito político que pressupõe um partido ser liderado às segundas, quartas e sextas por um médico e às terças, quintas e sábados por uma gaja de voz esganiçada.
Surpreendentemente, a liderança bicéfala não funcionou, talvez pelo mesmo motivo que a evolução tendeu a originar animais com uma e não com duas cabeças, levando a resultados eleitorais cada vez piores. Com o congresso do BE à porta, os bloquistas começam a falar de novas alternativas. Como muitas vezes é preciso dar um passo a trás para depois dar dois para a frente, cresce entre os militantes a vontade de testar um sistema de liderança acéfala, método habitualmente usado pelo PS e pelo PSD que teve como expoentes máximos António José Seguro e Pedro Passos Coelho.

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