quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Lontras religiosas

O governo aponta as lontras do fluviário de Mora como um exemplo a seguir por todos os portugueses para combater a redução da natalidade.

Ao contrários dos portugueses, que têm a mesma tendência para a procriação de um panda com dores de cabeça crónicas, as lontras do fluviário de Mora reproduzem-se como coelhos. O casal, chamado Marisa e Ronaldo, anunciou ao mundo o nascimento de mais duas crias, tendo já trazido ao mundo 12 pequenas lontras. Impressionado com estes animais, o governo apontou já as lontras como um exemplo a seguir por todos os portugueses para combater a redução da natalidade no país.
Aquilo que o governo não quis revelar foi que a razão para esta proficuidade tem que ver com o fundamentalismo religioso do casal de lontras que as impede de usar preservativo ou pílula. Na verdade, foi com lágrimas que Marisa revelou a Ronaldo, ambos emigrantes de origem asiática, que estava novamente grávida, sem saber como irão continuar arranjar dinheiro para alimentar tanta lontrinha enquanto pagam uma pequena fortuna ao fluviário pelo aluguer do seu terrário com piscina. A nova geração de lontras afastou-se da igreja dos pais e avisou já que não pretende ter filhos, até porque o desemprego jovem entre as lontras anda por volta dos 60% e é praticamente impossível aos pobres animais terem recursos financeiros para alugar uma casa ou mesmo manter o frigorífico cheio sem a ajuda dos pais, quanto mais aventurarem-se a ter filhos.

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